A Física Quântica dos Relacionamentos Perdidos
Havia uma época em que eu achava que o fim de uma relação era uma linha reta entre começo, meio e fim. Chorávamos, bloqueávamos, tomávamos drinks com as amigas e seguíamos em frente ou pelo menos fingíamos bem. Mas com o tempo (e algumas sessões de terapia somadas a leituras espirituais ao acaso), comecei a desconfiar que os términos não eram tão simples assim. E se, como diz a física quântica, aquela pessoa que “sumiu” da sua vida não foi embora… ela só está vibrando numa outra realidade? Essa teoria parecia absurda… até que ela começou a fazer sentido. Comecei a observar. Amigos de longa data simplesmente se apagaram da minha vida como se nunca tivessem existido. Não houve briga. Não houve adeus. Só um silêncio progressivo, uma distância inexplicável, como se habitássemos fusos horários emocionais opostos. Sabe aquele amigo que te entendia com um olhar? De repente, a conversa ficou arrastada, sem graça. Ou aquela paixão avassaladora, que num mês era amor cósmico e no outro… desconexão total. Não era rejeição. Era realinhamento. Segundo a física quântica, existe um campo de infinitas possibilidades onde múltiplas versões de você estão sempre em potencial, esperando que sua consciência escolha uma para se tornar realidade. Cada salto interno uma cura, um trauma, um aprendizado profundo te coloca em uma nova linha do tempo. E nessa nova realidade, nem tudo e nem todos fazem mais sentido. Algumas pessoas simplesmente não pertencem mais ao seu campo vibracional. E não tem nada de errado com isso. Não é que você seja melhor, nem que o outro tenha ficado para trás. Vocês apenas... desafinaram. Como duas estações de rádio que antes sintonizavam a mesma música, mas agora transmitem frequências diferentes. E o mais louco? Você pode até vê-la, cruzar com ela na rua, stalkear de longe... mas o reencontro profundo não acontece mais. É como se estivessem em dimensões paralelas, onde o toque não alcança e o olhar não traduz mais. É por isso que algumas histórias parecem inacabadas. Porque elas não terminaram elas apenas migraram para outro universo. E aí entra o paradoxo de que quanto mais você tenta forçar antigas conexões em seu novo eu, mais você sangra tentando caber onde já não faz sentido. A cura, às vezes, é aceitar que o “sumir” de alguém pode ser um presente cósmico. Aquele romance que desapareceu? Talvez ele só existia enquanto você vibrava em carência. A amizade que murchou? Talvez ela florescia enquanto você ainda não sabia seu valor. E se você mudar de frequência de novo? Talvez reencontre. Talvez não. Mas não será mais a mesma história. Serão novas versões de vocês, em novas linhas do tempo, com outros olhos, outros amores, outros porquês. Então da próxima vez que alguém desaparecer da sua vida sem explicação, respire fundo, coloque seu salto mais alto, sirva uma taça de vinho, e pense talvez eu só tenha colapsado um novo cenário.
Bianca Torriani
7/23/20251 min ler
Histórias
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